Quem são as minhas referências em TI?

Com 1 ano e meio de experiência trabalhando em uma startup e estando diretamente ligado a esse ecossistema, pessoas e conteúdos, acho que posso contar mais ainda sobre a empresa que trabalho.

Foto de dois guardanapos com escritas feitas pelo Matheus Marsiglio durante um bate-papo num Café na Rua dos Pinheiros, em São Paulo

11 de setembro de 2018. Alguns relembram da data como algo catastrófico, mas resolvi lembrar de algo bom. Tive o prazer de tomar um chá de maracujá e comer um baggle de avocado, ovos cozidos e bacon, na Rua dos Pinheiros em São Paulo, com o grande Matheus Marsiglio, o melhor e mais elegante desenvolvedor-palestrante da história (quem discordar é clubista).

Resolvi mandar um e-mail pro Matheus pedindo dicas de melhorias nos meus estudos e na carreira de programação - assim como faço, não só através de e-mails, com algumas pessoas que admiro e que se tornaram amigas. Logo os e-mails evoluíram e, depois de uns dias, a gente estava batendo um papo pessoalmente. Achei isso animal porque partimos de uma comunicação assíncrona, que até resolveria meu problema, pra algo mais próximo.

Admiro demais a capacidade do Matheus de conversar e palestrar, de forma sofisticada e apurada. Enquanto ele começava a dar os primeiros pitacos sobre o que eu disse a ele, sobre a minha situação e sobre o que eu quero pra minha carreira, sacou logo uma caneta preta da mochila e seu MacBook, pegou dois guardanapos e começou a riscar dois gráficos: o primeiro era sobre alguns itens que ele acha importante no aprendizado (intensidade, experiência e tempo). O segundo, sobre o narcisismo (chega um momento que a gente vai achar que sabe mais do que realmente sabe, no sentido de conteúdos mesmo).

Por fim, ainda deu umas dicas de JavaScript, que é algo que quero ficar realmente foda e estou trabalhando pra isso.

Esse cara é uma das pessoas que tenho o prazer de conviver em eventos e meetups de tecnologia que participo. E também uma parte das minhas referências. Uma parte. Posso listar outras aqui.

Henrique Bastos

Já virou um irmaozão! É incrível como tudo foi acontecendo e como a gente convive praticamente todo dia, mesmo que de longe.

Em maio de 2017 comprei o curso Welcome to the Django (WTTD), ministrado por ele. Pensei que estava comprando um curso pra aprender Python e Django, mas é muitíssimo mais do que isso. Aprendi a viver. Aprendi o verdadeiro significado de autonomia. Aprendi a relaxar e descobrir que "sou só mais um fodido no mundo tentando desenrolar a vida", mas sendo uma pessoa única, com talentos múltiplos, com a capacidade e poder de sempre crescer e ajudar pessoas que estão à minha volta. E estou aprendendo a praticar isso.

No curso, a gente tem acesso vitalício ao conteúdo, aos updates e a um fórum. Ainda não fiquei foda em Python, tampouco em Django (mas vou retomar os estudos conforme a necessidade, já que pausei esses estudos pra focar com o que atuo nesse momento), mas creio que virei especialista do fórum. Isso porque nunca curti me expor, mas tudo mudou. Compartilho muita coisa por lá, uma vez que realmente sinto a liberdade necessária pra isso. Sei que ninguém (ou quase ninguém) vai me julgar. Pelo contrário, a galera vai me dar porradas quando precisar - assim como levei e levo várias do Henrique, e agradeço por isso - e com certeza vai me ajudar a entender minhas questões, a contornar minhas misérias e me fazer uma pessoa bem melhor, pessoal e profissionalmente falando. E tem o outro lado de que sempre vou ajudar quaisquer pessoas que eu puder. É o ganha-ganha-ganha: eu ganho, o próximo ganha e a sociedade ganha.

Pra mim, o Henrique é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci na minha vida e toda vez que troco ideias com ele a minha mente fica louca. Quero sempre anotar coisas, pesquisar o que não sei e entender as palavras e alguns termos difíceis e bonitos que ele usa.

Agora estou indo à Niterói/RJ com frequência pra me reunir com ele e com a galera do curso. Isso é totalmente excelente!

Sinto que é uma pessoa que vou conviver pra sempre. E que assim seja.

Marina Limeira

Dois meses depois de eu largar tudo no interior e começar a morar em São Paulo, em agosto de 2017, mandei um e-mail pra Marina só pra agradecer pelo impacto que ela gerou em mim e pra fazer um contato inicial. Já na primeira resposta, recebi um convite pra ver uma apresentação da palestra que ela daria no Front in BH daquele ano pro pessoal da empresa que ela trabalhava, a Bionexo. Ela falou sobre software de qualidade e foi foda demais!

Marina é uma pessoa que acompanho a evolução há uns anos. Desde que a conheci, ela já era bem engajada com comunidades e fazia várias palestras - agora por todo o Brasil e logo logo pelo mundo.

É um prazer encontrar com ela nos eventos/meetups que participo e agora ela está arrebentando no Nubank. Vai bem mais longe do que imagina!

Ela é tipo o Palmeiras. Torço demais sempre!

Augusto Goulart

O famoso criador de galinhas de Minas Gerais, que já está em processo de mudança pro Sul. Esse cara é fera demais! Aprendo demais com ele sobre trabalho remoto, já que ele trabalha daqui do Brasil pra uma empresa dos EUA.

É um líder nato e, assim como o Henrique, também tem uns papos bem loucos! Inclusive, o conheci pelo WTTD.

Sempre trocamos ideias pelo Telegram sobre a vida e sobre código. E aprendi muito com ele que a prática é o segredo pra evoluir como profissional. "Menos Udemy, mais GitHub".

Moacir Moda

Outro cara que conheci pelo WTTD. Na verdade, o primeiro contato foi pessoalmente, no começo de 2018, no evento Python Sudeste - que acho que é o evento que mais me marcou na vida, até aqui (no sentido de interação com a galera). É uma pessoa que me identifico muito e me sinto muito bem quando encontro e troco ideias.

Conversamos sobre realmente tudo: vida, empreendedorismo, programação e até finanças.

Eu costumo criar uma planilha do que gasto e do que ganho há uns anos. Mas no final de 2018, em Niterói, depois de trocar umas ideias com ele que descobri alguns jeitos melhores de se fazer isso; por exemplo, usando pivot table e criando categorias dos gastos pra ter um mapa e visão melhor de onde está indo a grana.

Espero poder encontrar com ele mais vezes em 2019.

William Oliveira

O pintor de software da Loggi, ex-skatista v1d4 l0k4, ex-treteiro, autor, escritor, youtuber, jardineiro e criador do Training Center (TC) - que possivelmente, se você é desenvolvedor(a) já ouviu falar. E foi justamente no TC o meu primeiro contato com ele.

Assim que me mudei pra São Paulo, a gente começou a se ver bastante nos eventos/meetups. Fui bem acolhido e vez ou outra a gente troca ideias sobre programação e comunidades.

É um cara extremamente preocupado em retribuir pra galera que mais precisa o que as comunidades fizeram por ele: deram vida nova e uma condição de vida bem melhor através do conhecimento. Admiro isso e também quero fazer o possível em ajudar com o que eu puder.

Há boatos que o front-end tem que acabar (se você não entendeu, isso é só uma piada)!

Fernanda Bernardo

Foi/é uma das minhas mentoras de front-end e ela sempre dá ótimos conselhos pontuais.

Meu primeiro contato com ela foi no Front in Vale 2017, em São José dos Campos/SP. Ela palestrou sobre um jogo que criou utilizando somente HTML e CSS. Isso mesmo, sem JavaScript. Fiquei abismado no primeiro momento e logo depois do evento mandei um e-mail pra ela agradecendo o conhecimento compartilhado. Em seguida, começamos a conversar mais e ela me mentora através de uma iniciativa do TC: Mentoria. Essa iniciativa é algo sem fins lucrativos, com o objetivo de ajudar pessoas que desejam iniciar a carreira em programação ou até mesmo avançar mais, sejam iniciantes ou experientes, já que sempre há uma pessoa mais experiente que a gente. Geralmente os(as) mentorados(as) são iniciantes e, conforme ficam mais experientes, eles(as) mesmos(as) viram mentores.

Fernanda é uma pessoa extremamente carismática e sempre faz algo de diferente nas palestras, como andar no meio da galera e fazer perguntas pro pessoal que está assistindo.

Isa Silveira

Apesar de ter pouco contato com ela, é uma pessoa que me marcou também. A primeira vez que a vi pessoalmente foi no Front in Sampa de 2018. Fiquei admirado no quão espontânea e engraçada ela é. Deve ser a primeira desenvolvedora do mundo a entrar no palco pra palestrar dançando funk. Mas realmente foi algo pra descontrair, já que ela é carioca da gema, né, merrrmão!?

Ela já está arrebentando pelo mundo compartilhando conhecimento, do jeito que só ela sabe fazer. Nas palestras que vi, já aprendi muita coisa e descobri termos de programação que nunca tinha ouvido falar.

Ainda espero poder trocar algumas ideias com ela - e agradecer - pessoalmente por tudo.

Sara Soueidan

Pra mim, é uma das melhores front-enders do mundo. Aliás, não só pra mim, porque ela já foi e é reconhecida através de prêmios e por algumas empresas como Google, Apple, Microsoft, Adobe e O'Reilly.

É uma libanesa que trabalha em vários países como freelancer, atuando com front-end e UX/UI. Também é palestrante e autora de livros/posts.

Tenho muito respeito por quem ela é, pela profissional que é, de onde veio e no que acredita.

Vez em quando conversamos por e-mail, pelo Twitter ou mensagens no Instagram.

Pude acompanhar mais de perto o que ela compartilha, principalmente, depois que consegui me tornar membro do Smashing Magazine. Assim, tenho acesso a conteúdos exclusivos, como palestras e textos que ela e outros(as) desenvolvedores(as) de fora do Brasil produzem.

Ainda espero participar de uma palestra dela e trocar algumas ideias pessoalmente. Sinto que isso não está longe de acontecer.


Com certeza tem muita, mas muita gente foda por aí que trabalha com tecnologia, que conheço, admiro - como o Fabio Akita, Willian Justen, Fernando Daciuk e uma galera do WTTD - que não tenho tanto contato assim. Mas esse pessoal que listei anteriormente são as pessoas que mais me marcaram até aqui e são referências. Todas elas são bem diferentes umas das outras. Algumas delas são bem diferentes de mim. E sou feliz demais por termos a programação como algo em comum, algo que unifica a gente.

O mundo mudou e não tem mais volta, principalmente por causa da tecnologia. E se há aqueles que dizem que a internet afasta as pessoas, digo o contrário. A internet me aproxima de gente que admiro, que faz o que quero fazer e que é referência pra mim.

Agradeço por isso. Pra sempre.


E você, quem são as suas referências? Curtiria muito em saber. Se está lendo isso e quiser bater esse papo, seria legal demais!

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