28 eventos em 1 ano — pelo menos
Desde que terminei minha pós-graduação em Projetos e Desenvolvimento de Aplicações Web, em 2015, estava louco pra me mudar pra São Paulo pra realmente trabalhar e imergir - e me divertir também - nesse mundo de programação web. Sentia que não conseguia aplicar isso de verdade onde eu morava, no interior, mesmo com todas as possibilidades de trabalho remoto, que pude conhecer na prática hoje em dia, através de colegas que trabalham dessa maneira.
Quando iniciei a pós, estava cru. Não tinha conhecimentos sólidos de programação. E sofri demais. Mas não desisti. Em 2012 tinha terminado a faculdade de Gestão da Tecnologia da Informação e não tinha o know-how de como programar (bem). Depois de refletir e querer tentar aprender mais sobre isso, anos depois tive que aprender na prática mesmo.
Voltando a 2015, ainda na pós eu era o cara da teoria, que só queria estudar, ler, conhecer, mas falhava muito na hora de colocar a mão na massa. Me arrependo muito de não ter dado mais o sangue naquele período. Junto disso, tive alguns problemas pessoais entre meus pais que acabaram me afetando demais. Não tinha inteligência emocional pra ficar bem e saber que era algo provisório. E de quebra era ruim demais com comunicação. Não curtia falar em público e quando precisava falar a voz ficava trêmula, bem como minhas pernas. Também nessa época não assumia toda a responsabilidade da minha vida. O bom é que deu certo, não desisti e concluí a pós, como planejei. Graças a ajuda de algumas pessoas, como o mestre Guarino, um dos melhores professores que tive na vida. No final já conseguia ter uma certa noção de programação, mas ainda pecava na minha parte comunicativa.
Enquanto isso, ouvia falarem muito de comunidades, seja no Twitter ou nos grupos de colegas de profissão.
A oportunidade de me mudar pra São Paulo e trabalhar com o que gosto aconteceu no ano passado, onde coloquei literalmente a mochila nas costas e vim. Só vim. Só acreditei que tudo mudaria. O problema - ou a solução - é que tudo mudou muito. Minha vida deu um salto gigantesco desde junho do ano passado pra cá.
Sabia que tinha que mudar de postura, mais ainda do que tinha começado. Atualmente, trabalho numa startup, a StartSe, que conecta outras startups, empreendedores, investidores, mentores, empresas e quer fomentar o empreendedorismo no Brasil e no mundo, com gente muito faminta. Quero e preciso me comunicar bem, estar bem. E em 7 meses morando longe do interior, do meu mundo fechado, saindo diariamente da minha zona de conforto, me sinto forte, com a chance de poder ter uma relação de desenvolvimento pessoal diariamente e a sensação de propósito.
Sem dúvida, uma das coisas que mais impactaram e impactam a minha vida foi me comprometer comigo mesmo a participar do máximo de eventos e meetups que eu conseguir. Foi aí que conheci o verdadeiro significado de comunidade, que ouvia falar há muito. No meu caso, a comunidade ultrapassa esse limite e se torna algo de amizade mesmo. Sinto que estou formando amigos. A relação aqui agora é outra: H2H - é humano com humano. Tive esse mindset, principalmente depois de começar o curso Welcome to the Django, do meu amigo Henrique Bastos, e depois de participar do evento Automize-se. Dali em diante, o nível aumentou exponencialmente.
Aproveitando que a StartSe promove vários eventos ao longo do ano, no ano passado participei de 14 eventos/meetups, sendo:
- HealthTech Conference - promovido pela StartSe com foco em tecnologias na medicina;
- Autonomize - um dos melhores eventos que já fui, com a galera do Welcome to the Django, em Niterói - RJ;
- Fintouch - promovido pela StartSe com foco em fintechs para o mercado financeiro;
- AgroTech - promovido pela StartSe com foco em tecnologias para a área do agronegócio;
- Front in Sampa - um dos maiores eventos de front-end do Brasil;
- Front in Vale - um dos maiores eventos de front-end de São Paulo, realizado na cidade de São José dos Campos;
- Papo de Grana - meetup promovido pelo Warren, serviço automatizado de investimentos que invisto meu dinheiro hoje;
- TC Talks #2 - meetup da galera do Training Center, comunidade da qual faço parte sendo mentorado pela grande Fernanda Bernardo, no qual falamos sobre TDD e técnicas de estudo;
- Bitcoin Conference - promovido pela StartSe com foco em criptomoedas;
- 7Masters - meetup da galera do iMasters com foco em Git;
- Natal Nerd - IT Talks - meetup que rolou com várias trilhas, desde back-end e front-end a DevOps;
- CodePen Meetup Brasil #2 - meetup no Google Brasil sobre front-end em que fui convidado pela Fernanda;
- RetailTech Conference - promovido pela StartSe com foco nas transformações do varejo e e-commerce; e
- Corporate Startup Innovation - promovido pela StartSe com foco nas inovações de grandes corporações a partir das startups.
Pra esse ano de 2018, pretendo pelo menos dobrar o número de eventos/meetups (consigo, vai!) e palestrar em pelo menos 1 deles (uma maneira de começar a gerar mais valor pra comunidade depois estar recebendo valor de graça). Já fui em 4, sendo:
- Wild Talkers @IBM English Toastmaster Club - evento do pessoal da Toastmasters, no qual tive que falar em inglês na frente de todos os participantes sobre um tema que me comunicaram na hora (viagens). Foi ótimo, mas saí de lá puto porque não consegui me expressar tão bem como gostaria (vou estudar mais);
- Front7 - meetup realizado pela turma do Elo7, no qual trocamos ideias sobre acessibilidade na web e sobre desenvolver o primeiro app com React Native;
- TC Talks #5 - meetup realizado pela galera do Training Center, no iMasters. Discutimos sobre async e await com JavaScript e a carreira de desenvolvedor; e
- NodeBR #36 - Iniciantes Like a Boss - meetup promovido pela galera do NodeBR, na sede da Pagar.me. Falamos sobre técnicas em async em JavaScript, File System no Node.js e melhores práticas de performance usando Node.js em produção.
E já comprei o ingresso no preço promocional pro Front in Sampa desse ano.
É como dizem: pessoas > tecnologia.
Ainda bem que é só o começo!